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O PSDB: De gigante da política a fantasma do passado

    Convenção do PSDB em 2017. Da esq. para a dir.: Marconi Pirillo, João Doria, Geraldo Alckmin, Alberto Goldman e Fernando Henrique Cardos...

  

Convenção do PSDB em 2017. Da esq. para a dir.: Marconi Pirillo, João Doria, Geraldo Alckmin, Alberto Goldman e Fernando Henrique Cardoso. Na época, o hoje vice-presidente Geraldo Alckmin, fazia parte da executiva nacional do partido. Foto: Reprodução.
A morte lenta e agonizante de um gigante da política brasileira

Por Delmo Menezes

O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), um dos pilares da política nacional nas últimas décadas, enfrenta atualmente um período de declínio que sinaliza sua gradual extinção. A morte de um partido político não é um evento repentino, mas sim um processo gradual, lento e, no caso do PSDB, se estende por cerca de duas décadas. Isso é atribuído a uma série de fatores, incluindo mudanças na liderança do partido, brigas internas e a perda de identidade política.

A agonia do tucanato começou com a renegação de Fernando Henrique Cardoso (FHC), figura emblemática da legenda. As tentativas subsequentes de resgatar seu legado se mostraram inúteis, pois a doença já estava em estado avançado.

Durante os anos 90 e início dos anos 2000, o PSDB emergiu como uma alternativa sólida ao Partido dos Trabalhadores (PT), oferecendo uma plataforma política de centro-direita que atraiu amplo apoio da classe média e do empresariado. Com líderes carismáticos como Fernando Henrique Cardoso, o partido conquistou importantes vitórias eleitorais e implementou reformas econômicas significativas que moldaram o país por décadas.

No entanto, à medida que o tempo avançava, o PSDB começou a perder sua coesão e identidade. Disputas internas pelo poder, alianças questionáveis e uma falta de renovação política minaram a credibilidade do partido aos olhos do eleitorado. A ascensão de Jair Bolsonaro, em 2018, representou um golpe fatal para o PSDB, que viu seu espaço político sendo ocupado por uma nova força populista de direita.

Desde então, a legenda tem lutado para sobreviver. Derrotas eleitorais em níveis estaduais e municipais, aliadas a uma bancada parlamentar enfraquecida, refletem o declínio gradual do partido. A incapacidade de apresentar uma liderança unificada e visionária para o país também tem contribuído para a sua decadência.

Nas eleições municipais deste ano no maior colégio eleitoral do país, São Paulo, o partido enfrenta dificuldades para atrair candidatos e manter representação em cargos públicos, onde corre o risco de perder todos os seus vereadores.

No Congresso Nacional, o partido possui apenas 12 cadeiras na Câmara dos Deputados e apenas um senador. Na quarta-feira (27/3), foi a vez do senador Izalci Lucas deixar a legenda e se filiar ao PL.

Outros fatores importantes para o enfraquecimento do PSDB foram a ausência de um candidato próprio à presidência em 2022, a derrota humilhante na disputa pelo governo de São Paulo, interrompendo uma hegemonia de 28 anos, e a migração de Geraldo Alckmin para o PSB. A falta de liderança, a fragmentação interna e a perda de importantes figuras políticas evidenciaram a decadência do partido e o colocaram em uma posição de irrelevância no cenário político nacional.

O PSDB deixa um legado de realizações importantes, mas também de erros e omissões. O futuro do partido é incerto, com a possibilidade de uma lenta agonia ou de uma refundação completa.

A morte do PSDB serve como um lembrete de que a política é um ambiente dinâmico e implacável. Partidos que não se adaptam e se renovam correm o risco de serem extintos.

Da Redação do Portal de Notícias com a fonte do  Agenda Capital

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